NFN#21




MAMÃE NÃO ME MIMA: J. Caleb Mozzocco, para o CBR, resenhou Are You My Mother?, novo gibi autobiográfico de Alison Bechdel [de Fun Home], agora sobre a sua mãe. Resultado? Em uma frase que você não vai ler na contra-capa da edição brasileira: Eu achei verdadeiramente chato, tive que largá-lo diversas vezes antes de terminá-lo, e reler outras partes repetidamente.


LIEFELD, HOMEM DE VISÃO: No outro dia, comentei aqui que a série Prophet, do Extreme Studios de Rob Liefeld, tinha sido relançada com sucesso [de crítica, ao menos]. Oliver Sala, para o AV Club, resenhou e elogiou a edição 26 da série, pra vocês não ficarem aí pensando que eu sou um mentiroso.

Sobre a edição: Graham está construindo uma história épica com os desenhistas Simon Roy, Farel Dalrymple, e Giannis Milonogiannis, cada um desenhando uma parte diferente da narrative em expansão. Para o seu primeiro número como escritor e desenhista, Graham leva a hq a ainda outra direção, contando uma história que parece uma combinação de Wall-E e o jogo de videogame Journey, com uma pitada de Nausicaä, de Hayao Miyazaki.

Sobre a série: A principal lição que a Marvel e a DC podem tirar do sucesso de Prophet é que a melhor forma de revitalizar as suas propriedades é procurando alguém que criou bons quadrinhos e permitindo que ele faça o que quer que ele queira com elas. King City, de Brandon Graham, é um dos mais originais gibis da última década, e ele é a última pessoa que a maioria esperaria em encontrar trabalhando em um personagem de propriedade de Rob Liefeld. Image arriscou dando a Graham controle completo sobre o personagem, e ele trouxe junto alguns dos melhores talentos dos quadrinhos alternativos para ajudá-lo a construir a sua visão.

Sempre é bom quando no final das contas eu não pareço um mentiroso.


INDÍGENA: No iFanboy, Josh Flanagan resenhou Scalped #59, a penúltima edição da série de Jason Aaron e R.M. Guera. Li as vinte primeiras, e te digo: Scalped é uma das melhores coisas que a Vertigo já publicou.


GAIMAN, UMA FRAUDE?: Em outro NFN passado, também comentei sobre um artigo sobre a [falta de] influência de Neil Gaiman nos quadrinhos americanos, me remetendo aos comentários. Hoje, no The Hooded Utilitarian, os comentários de James Romberger e Robert Stanley Martin on Gaiman viraram um post próprio, organizado por Noah Berlatsky. E, de novo, os comentários [sobre grandes duplas de quadrinistas] valem a pena.


REI: Robby Reed, no Dial B for Blog, fez uma mini-biografia do Rei, Jack Kirby. O link foi providenciado por Rob Steibel, do Kirby Dinamics. E resulta que Os Novos Deuses eram uma continuação para a série do Thor, que morreria na edição 177 de sua série [se não fosse pela intervenção de Stan Lee]:

Se eu fosse um polemista, a manchete seria "JACK KIRBY ERA
CONTRÁRIO AO THOR DE WALTER SIMONSON".
Não precisa ficar apertando o olho. Clica na foto que ela amplia.


ÓDIO: Christopher Irving [escritor de Leaping Tall Buildings] entrevistou Peter Bagge para o NYC Graphic. Quem diria que Robert Crumb teria sido uma influência na carreira dele, EIN?


TEU PASSADO NUNCA SERÁ ESQUECIDO: Greg Burgas, no CBR, analisou a primeira página de Star Wars #6. É de Howard Chaykin, da fase "trabalho por comida".

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