"SEJA PREGUIÇOSO!". Iván Aliaga e Miguel Nuño fizeram, no
El Mundo, um infográfico sobre os
quadrinhos que Alex Toth fez entre 1952-1954. Trata-se, da época em que Toth
começou a tomar o seu rumo minimalista e pautar-se pela máxima "Elimine o
supérfluo, o desnecessário. Seja preguiçoso!"
O pretexto do infográfico é a publicação
da versão espanhola de Setting the
Standard, hq publicada pela Fantagraphics em 2011 com as histórias que Toth
publicou na editora Standard precisamente naquele período.
Toth foi embora da DC porque não permitiam que ele depurasse o seu
estilo na direção de uma linha mais clara [...]. O artista precisava experimentar e, ainda que na Standard quase sempre
tivesse que ceder que outro fizesse a sua arte-final, porque ele era muito
lento, encontrou mais liberdade criativa. [...] O seu lápis pouco a pouco começou a mudar, se fez mais expressivo, com
um domínio de luzes e sombras extraordinário, uma característica que exploraria
em décadas posteriores com total maestria.
MÁGICO BARBUDO. Da série: só vi hoje. No blogue Alan Moore World, traduziram para o inglês uma entrevista que Alan Moore deu para o italiano Omar Martini. A
entrevista é de 2002 e bastante concentrada na fase de Moore da segunda metade
da década de 90: basicamente, 2/3 dela se dedicam às suas obras mais... mágicas
e performáticas [Snakes & Ladders;
The Birth Caul], e o 1/3 final para
as histórias do incipiente selo ABC [em especial, Promethea].
NÃO SE PODE AGRADAR A TODOS ETC. O Hooded Utilitarian fez 5 anos. Para comemorar, resolveram chamar os
seus colaboradores para descarregar a sua bile sobre as vacas sagradas dos
quadrinhos que eles adoram odiar. O primeiro a receber o "tratamento"
foi Chris Ware [de Jimmy Corrigan, o
menino mais esperto do mundo], um homem em franca decadência há dez anos --
ao menos conforme Albert Stabler:
[...] não há nem humor, nem horror, nem convicção, nem arrogância, apenas
sentimentos. Sentimentos e nostalgia por sentimentos. Chris Ware foi sugado
para esse vórtice, transformando-se em um produto confiável de fácil digestão para
auto-proclamados "nerds" de todos os lugares [...].
NEM TUDO O QUE VEM COM AS LISTRAS E AS ESTRELAS É GLAMOUR. No Io9, Cyriaque Lamar listou os oito momentos vergonhosos da cronologia do Capitão América. Alguns são fortemente lamentáveis [a fase em que o personagem virou um LOBISOMEM -- ahhh, os anos
90], outros nem tanto [perder uma briga para o Batman em um crossover?] e os
melhores estão nos comentários:
Michael Bauser, por exemplo
lembrou da vez que Diamondback, uma vilã apaixonada pelo Capitão, escondeu as
CHAVES DA IGNIÇÃO de um AVIÃO [e existe isso?] em seu decote e desafiou o
personagem a pegá-las -- o Capitão América, no entanto, preferiu estar em um
ACIDENTE AÉREO a correr o risco de tocar nos seios da vilã; conforme estatísticas
do Instituto DataNerd, 90% de seus leitores aceitariam de bom grado entrar em
um avião em chamas diante desse QUADRO FÁTICO.
Por outro lado, Kenjaggard
lembrou da história das revistas Captain
America #390-391 [aqui publicada pela Abril em 1995 na revista Capitão América #189, com o título de Estratagema de Supéria], um troço
horroroso que ficou gravado no meu cérebro como a pior coisa que o meu "eu
pré-adolescente" leu [devemos o agradecimento a Mark Gruenwald, se você
está se perguntando]. Nela, um grupo de super-vilãs tem por plano transformar
todas as pessoas do mundo em mulheres -- a começar pelo próprio Capitão e o seu
aliado-do-momento Paladino.
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